Vamos falar sobre Inteligência Emocional
- Carina Rodrigues Nave
- 30 de abr. de 2020
- 3 min de leitura
"Meu Caro, não esqueçamos que as pequenas emoções são os grandes capitães das nossas vidas e a esses obedecemos sem saber."
Van Gogh brindou-nos com estas sábias palavras! Também sentem que as emoções guiam o vosso comportamento? Muitas vezes mesmo sem que nos apercebamos?...

Tal como existe uma inteligência intelectual, que organiza e utiliza as nossas aptidões mentais para que possamos resolver as questões práticas do nosso dia-a-dia com eficácia, também existe uma Inteligência Emocional, que organiza e utiliza as nossas aptidões emocionais para nos possibilitar gerir e utilizar as emoções a nossa favor.
A inteligência emocional torna possível que consigamos tomar decisões, fazer escolhas em consciência. Como? Permitindo-nos identificar as nossas sensações e as dos outros e o que as origina, ajudando-nos a aceitar essas sensações para que as consigamos gerir e, assim, tomar decisões com ponderação - agir e não REagir.
Portanto, a inteligência emocional é composta por diversas aptidões, por um conjunto de mecanismos mentais que são necessários para que consigamos resolver problemas na nossa vida e gerir os nossos comportamentos. Essas aptidões permitem que sejamos capazes de identificar, utilizar, compreender e regular as nossas próprias emoções e as das outras pessoas à nossa volta. Por isso, a inteligência emocional implica uma dimensão intrapessoal, mas também uma dimensão interpessoal. É, portanto, uma competência que nos permite controlar as nossas emoções e ajudar os outros a controlar as suas!
Ora então, que aptidões são essas que compõem a inteligência emocional?
São 4 as aptidões que a compõem, e que interagem mutuamente: a percepção emocional, a facilitação emocional do pensamento, a compreensão emocional e a gestão emocional.
A percepção emocional é a capacidade de identificar, avaliar e expressar emoções de uma forma precisa, em nós mesmos e nos outros, decifrando mensagens emocionais que se manifestam através de expressões faciais, tom de voz, imagens, música, histórias, arte...
A facilitação emocional do pensamento corresponde à capacidade de utilizar as emoções no sentido de facilitar o pensamento, de aceder a e/ou gerar sentimentos quando eles facilitam a fluidez do pensamento.
A compreensão emocional é a capacidade de compreender e analisar as emoções e utilizar eficazmente o conhecimento que temos acerca das emoções, envolvendo a habilidade de nomear as emoções, identificar as suas causas e efeitos, compreender como diferentes emoções se podem misturar e compreender o fenómeno de transição entre diferentes estados emocionais.
A gestão emocional corresponde à regulação reflexiva das emoções em nós mesmos e nos outros, no sentido de promover o desenvolvimento emocional e intelectual, envolvendo a capacidade de estarmos abertos às emoções e às informações que estas nos oferecem, utilizando-as para tomar decisões e adotar estratégias mais eficazes para agir e gerir a nossa vida.
Então, o que é que eu posso fazer para desenvolver a minha inteligência emocional e cada uma destas suas componentes/ competências?
Deixo-te algumas dicas:
Estar aberto às próprias emoções e às dos outros que me rodeiam;
Refletir sobre as emoções, tendo em consideração a sua influência sobre o meu pensamento, e usá-las para orientar o meu raciocínio;
Examinar o que causou as minhas emoções e observar/ analisar a forma como os meus sentimentos podem evoluir e transformar-se com o desenrolar dos acontecimentos;
Adotar estratégias que tenham em conta a sabedoria dos sentimentos, a informação que eles contém, sem que os maximize ou minimize, sem dramatizar nem menosprezar o que sinto, e utilizar esses sentimentos e essas informações para tomar decisões equilibradas para a minha vida.
A inteligência emocional ajuda-nos a contextualizar-nos, a compreender a relação entre as situações, os pensamentos e as emoções. São a chave para a felicidade, para o sucesso.
Coloca em prática estas dicas e partilha comigo como correu!
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