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Vamos falar sobre Autoestima

  • Foto do escritor: Carina Rodrigues Nave
    Carina Rodrigues Nave
  • 9 de abr. de 2020
  • 3 min de leitura

Hoje trago-vos uma dose de autoestima, amor próprio e merecimento! Sim… afinal, todos precisamos um bocadinho disto!


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A autoestima é, na realidade, algo que está fora de nós. Corresponde mais concretamente e está relacionada com as ações e comportamentos que tomamos na nossa vida. Implica a forma como nos comparamos aos outros, como nos vemos a nós próprios e como achamos que os outros nos vêem a nós. Ora, na verdade, implica algo que está fora de nós.


Então, se a autoestima está fora de nós, o que é isto que está dentro e molda a forma como nos amamos a nós mesmos? É a perceção subjetiva de merecimento – se sou ou não merecedor. Este sentimento interior de merecimento e valor surge de dentro de nós.

Desenvolve-se a partir da nossa identidade, de vivermos com quem somos e em função dos nossos valores morais. Surge da capacidade de viver com a verdade de quem nós somos, de viver a nossa vida nos nossos termos. É o valor que atribuímos a nós mesmos.


Ora, a verdade é que sem essa perceção de valor e merecimento nunca teremos autoestima. Se não nos considerarmos merecedores e válidos, não teremos autoestima. Portanto, o merecimento é a verdadeira base da nossa autoestima.


E como é que se desenvolve em nós esta perceção de merecimento? Como nos podemos tornar conscientes dela?


Devemos começar por observar a nossa linguagem. Que questões colocamos a nós mesmos para saber que significados nos atribuímos? A forma como dialogamos internamente connosco próprios pode dar-nos pistas consistentes sobre como nos sentimos face a nós mesmos. Muitas vezes reparamos que nos autodesvalorizamos, achamos que não somos capazes. Acontece que criámos um significado sobre nós mesmos, com base em experiências de vida precoces, que repetimos vezes e vezes sem conta, sempre que nos deparamos com experiências semelhantes. Esta repetição leva-nos a desenvolver crenças desadequadas e irrealistas sobre as nossas reais capacidades e valor, nas quais acreditamos piamente!


Outra das coisas que pode levar a que não nos amemos é a indefinição de valores. O que é que valorizamos do ponto de vista emocional? Muitas vezes, não sabemos. Sem saber isto, torna-se difícil descobrir aquilo em que nos queremos focar ao longo da vida. Sem valores sobre os quais viver, tornamo-nos amargos. Não sabemos. Não sabemos o que valorizar!


Combinar as crenças disfuncionais sobre nós próprios e a dificuldade em descobrir o que realmente valorizamos, leva-nos a desenvolver regras. “Tenho de fazer isto perfeito, se não mais vale não fazer”; “não sou capaz de fazer esse tipo de coisas”; “Não posso ir ali, vão pedir-me para fazer isto e eu não consigo fazer bem”. Estas regras são difíceis de quebrar, porque quase sempre são inconscientes para nós. Moldam os nossos comportamentos, os nossos pensamentos e entranham-se na nossa identidade. Mas será que sabemos na realidade aquilo que somos? Quem nascemos para ser? Estará a nossa verdadeira identidade inundada em crenças e regras irrealistas e disfuncionais sobre nós e sobre o mundo?


Só quando descobrirmos quem somos realmente podemos encontrar um sentido de merecimento. As pessoas vivem a sua vida maioritariamente no plano do inconsciente. Aquilo que todos conhecemos como “piloto automático”. E esse piloto automático, claramente, atua com base nas nossas crenças, nas regras que criamos para nós mesmos, minando e retraindo a capacidade de tomarmos controlo sobre nós mesmos e sobre as nossas vidas.


E por isso vivemos para tentar decifrar o nosso maior dilema: serei suficientemente bom? Posso mesmo fazer isto? Não, não sou suficientemente bom! Não sou capaz, não me parece que consiga fazer isto. Focamo-nos no que pode correr mal. Criamos medos que nos impedem de avançar. Medo da rejeição, medo do falhanço, medo do sucesso… vivemos num dilema. Quero fazer isto. Preciso de viver isto. Mas sei que não sou capaz, não o suficiente para o conseguir.


Afinal, fazemos ou não fazemos?


Carinhosamente,


Carina

 
 
 

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